Se a sensualidade estivesse conotada apenas a uma casa, essa casa seria a Emilio Pucci. O actual designer da marca, Peter Dundas, confessou a Manuel Arnaut que, apesar de todas suas criações acabarem por ser sensuais, nunca parte para o processo criativo com a obrigação de o resultado ser sensual. No entanto, isso acaba (quase) sempre por acontecer. Em Milão todos esperávamos pela sensualidade aliada ao estilo militar, mas Dundas trocou-nos as voltas e o militar chic foi substituído pela cultura cigana.
Tecidos extremamente fluidos, padrões psicadélicos e multicolores deram origem a vestidos, saias, calças e tops que pareciam levitar. Saias largas e compridas, os lenços no cabelo e os colares com crucifixo remeteram a mente dos presentes para os Spanish Gipsy’s. As rendas usadas em vestidos, saias compridas e tops também tiveram uma forte inspiração cigana. O modelo que a actriz Gwenyth Paltrow usou nos Emmys dias antes fazia parte da coleção. Na altura alguns apontaram o modelo como desapropriado para o evento, mas em passerelle estava ótimo. A escolha das modelos foi muito bem feita, muitos de nós fomos totalmente seduzidos por modelos como Abbey Lee que com os céus olhos fumados esbanjou um charme comparada ao de Brigitte Bardot.
No final do desfile os elogios foram surgindo e alguns looks foram apontados como possíveis opções para Beyonce, Jennifer Lopez e até Blake Lively. Peter Dundas continua assim a somar pequenas vitórias nos comandos da Pucci.
R.Z.M.
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