terça-feira, 21 de junho de 2011

Colectânea - NO, I Can´t! YES, HE KEN! (06/07/2010)

Quando tinha cerca de 2 anos, descobri o meu sonho: Ser Barbie ! uau, elas tinham tanta roupa, tantos sapatos, tantas profissões, tinham tanto de tanto que eu queria ser uma boneca; contudo um dia acordei para a realidade... todas as minhas Barbies eram loiras, e eu era morena . Foi doleroso aceitar a realidade e assim, com apenas 2 anos vi o meu sonho a ser destruído por futilidades e incompatibilidades de cor. Visto que não podia ser Barbie, decidi colecciona-las. Hoje a minha colecção conta com mais de 108 Barbies e, apeasar de já não brincar com elas, ainda continuo a olhar para elas sempre que entro em lojas de brinquedos, se bem que é raro entrar, mas nunca se sabe.
Lembro-me que a minha 1ª Barbie era Havaiana, tinha um cabelo tao, mas tao grande, quase até a onde a minha vista alcançava (tendo eu naquela altura 2 anos, parece-me um exagero tipico da idade). Recebi-a nos anos e adorei, a partir daí foi uma atrás da outra. Montei uma verdadeira comunidade Barbie, e aquilo estava longe de parecer um país de terceiro Mundo. Sim, porque tinha a Barbie veterinaria, caso o caozinho de alguma ficasse doente, tinha a médica, não vá alguma adoecer, tinha a hospedeira e o avião onde era uma diversão ( andava sempre de gatas no chao a deslizar o aviao de uma ponta da casa até à outa; tudo isto para a viagem parecer real), tinha a nadadora salvadora, porque ninguém escolhe a hora para se afogar( quer dizer por acaso eu é que escolhia quando elas se afogavam), tinha a bailarina, a professora(...), tinha algumas de colecção que achava-as tão giras que nunca as tirei da caixa e tinha a minha preferida que apesar de ser de colecção, apesar de ser a mais cara, eu não resisti e tirei a da caixa. Welcome to Real Life! Chamava-se Diva (chamava-se mesmo, não inventei nada)e foi comprada em Paris; acho que devia ter feito uma birra enorme para a obter mas valeu a pena, Aii se valeu. SEmpre que brincava às Barbies queria ser sempre aquela, apesar de estar vestida com roupa de gala e eu nunca ter tido coragem de despir, aquela era sem duvida A MINHA BARBIE!
Hoje em dia, existe ainda mais variedade; se naquela altura já existissem Barbies morenas acho que o meu sonho nunca se teria desvanescido da minha cabeça.
Apesar de tar imensas Barbies, os meus Ken aderiam a poligamia, ou seja um Homem para muitas Mulheres, pois que eu me lembre só tinha 2 Ken(s) para 108 Barbies. Agora chega-me a dar vontade de rir, mas quando era criança fazia todo sentido; ainda por cima eles pareciam todos iguais (como se as Barbies não parecessem) e as roupas eram feias, eram de homem e eu era menina e quanto mais brilho, volume e cor-de-rosa, mais a minha cara era.
Contudo, o Ken sempre foi casado com a mulher perfeita (pelo menos o esteriótipo desta), sempre teve carro, casa etc. Transformou-se assim num dos mais mediáticos "homens" de sempre, ganhando o estatuto de "perfeição".
Foi com esta ideia em mente que Karl Lagerfeld desenvolveu um dos seus mais originais editoriais, na presença do seu menino prodigio, Baptiste Giabiconi como Ken e a Barbie como plano de fundo. O resultado não poderia ser melhor. Repleto de elegância e fantasia é caso para dizer "LIFE IN PLASTIC IT'S FANTASTIC !".










R.Z.

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