sábado, 3 de setembro de 2011

E quando o amor NÃO acontece

Ontem, quando a Raquel me leu em primeira mão o artigo que ia publicar "No mundo das mulheres", quando chegou à parte mais fofa, em que ela eleva os homens a um patamar superior, a parte do meu ser mais estúpida soltou uma gargalhada estridente e os músculos da minha cara contraíram-se espontaneamente para uma expressão que se poderá exprimir em linguagem smile (mas com muito menos impacto!) assim: %) . E a Raquel, que já me conhece desde o arroz de 15 (talvez não há assim tanto tempo que não somos assim tão velhas), respondeu "Não tenho culpa de teres tido más experiências no amor!". E agora calma, eu não sou uma mal-amada nem uma mal humorada e ranhosa nem foi o que a Raquel quis dizer, mas o facto é que não tive sempre boas experiências, aliás neste momento as más ganham (Damn it!).
As relações que tive que podem ser consideradas como namoro foram apenas 3! Algumas destas relações chegam até a ser hilariantes e tenho certeza que alguém, provavelmente não num sítio muito longínquo, se identificará com algumas delas. E com isto em mente pensei que poderia muito bem partilhá-las convosco, esperando secretamente que nenhum dos Ex leia este tipo de artigos!
Pois bem, a relação Nº1 é um verdadeiro Epic Fail, ele era (agora não sei) um dos rapazes mais cobiçados daqui da zona, pelo menos era o que se dizia, e foi paixão à primeira vista, pudera!, 1,80m de pedaço de mau caminho: loiro, olhos azuis e muito bem constituído e pensei 'Saiu-me a sorte grande.' e a coisa até correu bem durante 3 meses. Foi até que numa festa, a rapariga mais feia da zona (sim, é verdade!) decidiu beijá-lo e estragar-me a salsa toda, pois tive mesmo que acabar quando descobri o que se passou. Tive mesmo que acabar porque ninguém com metro e meio de altura beija alguém com 1,80m por muito que queira se a pessoa de 1,80m não quiser, é uma questão de Física! Além disso, a paixão não resistiu a isso, sim porque eu disse 'paixão à primeira vista' já propositadamente, quando há só isso é tudo muito fugaz e claro que esta história não tinha pernas para andar. Conclusão: A atracção física não chega para manter uma relação.
Relação Nº2 e agora é que a porca torce o rabo! Foi uma coisa arrebatadora no início, daqueles tipos de relações que só existem nos filmes, achava eu que ele era o amor da minha vida, sim! Ele era tudo o que o Príncipe Encantado deveria ser! Veredicto dos factos: redondamente enganada durante durante ano e meio! É hoje a pior pessoa do mundo e não sei bem como alguém se pode enganar e desiludir tanto com apenas uma pessoa, (e não, não estou a exagerar), pois ele mostrou ser todo o oposto. A relação durou 3 anos, descontando já o tempo que nos separávamos porque ele acabava comigo, talvez semana sim semana sim, por razões tão disparatadas que nem seriam dignas de levar a sério ou talvez só porque lhe apetecia fazê-lo, mas acabávamos sempre por voltar. O último ano e meio foi uma decadência constante de dia para dia da nossa relação, mas lá está, eu não podia deixá-lo logo porque estava sempre à espera que o rapaz que eu conhecera voltasse, mas tal nunca aconteceu. E por fim fui eu que acabei com a história, pela simples razão (como se tudo o que disse anteriormente não fosse só por si já uma razão para terminar) que ele tentou mudar-me segundo os seus ideais de mulher perfeita e isso não admiti e foi a gota d'água. Conclusão: Nunca permitir que nos mudem!
A Relação Nº3 foi sem dúvida a mais equilibrada de todas. Havia paixão q.b., amor constante e uma ternura imensa, aceitava-mo-nos um ao outro com defeitos e feitios, sem tirar nem pôr. Tinha tudo para dar certo mas...não deu! Não sei explicar porquê, nem sei se haverá mesmo uma justificação. Só sei que foi cerca de um ano de uma relação totalmente saudável, fantástica! Porém, ao fim desse tempo começamo-nos a afastar gradualmente e a relação acabou por acabar tão naturalmente como uma imagem desaparece com a opção 'Desvanecer' do Windows Movie Maker. E aí apercebi-me que era hora de seguir em frente, pois já não havia mais nada que eu pudesse retirar daquela relação, foi como um poço que secou sem remédio de voltar a encher quando chovesse novamente. Seja como for, ambos percebemos que era hora de acabar e não houve nenhum drama quanto a isso. Thank God! Como duas pessoas civilizadas, bastou 2 palavras, e quando digo 2 significo 2, e muito rapidamente (cerca de 47 segundos ao telefone) tudo terminou. Conclusão: "Nada mais por nós havia a fazer/ A minha paixão por ti era um lume/ Que não tinha mais lanha por onde arder".
Não me arrependo de nenhuma delas, talvez um bocadinho da Nº2 por ter deixado andar tanto tempo, mas não há como ser Eu, a pessoa que sou hoje em dia, sem passar por todas estas experiências de amores e desamores. São memórias que vou carregar comigo para sempre, boas e más, que nem sempre deixam o sexo masculino na sua melhor versão mas fazem com que os perceba muito bem quase sempre. No entanto, não estou fechada a novas aventuras e descobertas do sexo oposto, os homens são verdadeiras caixinhas de surpresas!
Não sou uma rapariga amargurada por causa de nenhuma das minhas relações anteriores e não digo que estar solteira é o melhor que pode haver porque nem o é nem deixa de o ser. É simplesmente uma opção para muita gente. No meu caso é apenas porque continuo à espera de Príncipe Encantado, acredito piamente que há um para cada pessoa, mas também é preciso que essa pessoa esteja aberta a aceitá-lo na sua totalidade.

R.Z.M.

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